quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A IGREJA QUEBRA GALHO DA VIDEIRA


Jesus disse que Ele está para nós assim como a Videira está para os ramos. Sem videira todo ramo é pedaço de pau e somente isto. Sim! É madeira morta, boa para ser queimada. Os cristãos, no entanto, foram enganados e deixaram-se enganar, pois, desde que se determinou que "fora da igreja não há salvação", que a Videira passou a ser a "igreja", e, também, desde então, o Agricultor, que, segundo Jesus é o Pai, entre os cristãos é o Pastor, ou, em alguns grupos, o Corpo de Doutrina pelo qual se faz a "poda" de membros.

Assim, para o crente, "permanecer em Jesus", [João 15], é permanecer firme na "igreja", freqüentando, participando e se submetendo a tudo. Do mesmo modo, "dar fruto", segundo os crentes e suas emoções condicionadas por anos de engano religioso, é evangelismo como programa, é acampamento como devoção, é célula de crescimento, é cantar no grupo de louvor, é ir à reunião de oração, e, sobretudo, é dar o dízimo em dia. E o mandamento de amar uns aos outros é algo que os crentes entendem como amar os que são iguais a eles enquanto os tais não ficarem diferentes. Nesse dia eles viram desviados.

Ainda no mesmo andar de engano, os crentes pensam que "ser lançado fora" da Videira é ser disciplinado pelo Agricultor Pastoral ou pelo Conselho de Agricultura que aplica o Corpo de Doutrinas disciplinadoras e excludentes, aos quais supostamente não se equivocam ao separar o joio do trigo no campo do mundo-igreja. Ser “amigo de Jesus” [João 15], para os crentes é estar em dia com a doutrina, o dizimo e a freqüência. Assim, para a maioria dos crentes, emocionalmente, é assim que João 15 é sentido e praticado.

Ora, o resultado é o desastre cristão desses quase dois mil anos! De fato, a religião cristã é um estelionato espiritual, pois, chama para si, como se fora Deus, aquilo que é de Deus e somente passível de realização Nele. O que Jesus dizia era tão simples. O que Ele dizia é apenas isto: Absorvam a minha Palavra; o meu ensino; e o pratiquem com amor por mim e por todo ser humano. Se vocês sempre crerem que a Vida de vocês está em mim e vem da obediência ao mandamento do amor, então, vocês serão meus amigos; e, assim, toda a verdade de minha Palavra será fato e bem na vida de vocês.

Mas, sem mim, sem vida em meu amor, sem absorção do Evangelho no coração, por mais que vocês tentem viver e buscar o bem, de fato vocês serão apenas como galhos soltos, secos e mortos; existindo sob o engano de que existe vida em vocês, quando, de fato, pela própria presunção de vocês, estarão mortos sem o saberem. O resto a História do Cristianismo nos conta!

Rev. Caio Fábio

24 de novembro de 2008
Lago Norte Brasília DF

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Me envergonho do que chamam de “Evangelho”




“E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.” I Samuel


No cenário atual da igreja, como se apresenta à sociedade, são diversas as pessoas marcadas pelo que chamam de “Evangelho”. Pois, ao contrário do que nos ensina a bíblia, o que se expõe e se aprende sobre o “evangelho” está adstrito aos pregadores que muito mais estão preocupados com a captação de novos “mantenedores” do que propriamente, apresentar por meio de suas vidas o poder do evangelho genuíno e transformador de Jesus Cristo. Mas o que se pode fazer, ninguém pode dar o que não tem.

Verdadeiros “animadores de palco”. As técnicas são as mais diversas possíveis. Usam todos os recursos que a mídia fomenta para arrebanhar mais e mais pessoas. E “em nome de Jesus” fazem as maiores atrocidades prometendo o que Jesus jamais prometeu, pois não há nenhuma promessa feita pelo Mestre pendente de conclusão, já que na cruz tudo se consumou. Comportam-se como aqueles nove leprosos, dos dez que foram curados, que apenas queriam a cura e não o Jesus da cura. Apenas um voltou e agradeceu para ouvir do mestre: “tua fé te salvou”.

Eles tratam a palavra de Deus, como a forma “infalível” de satisfazer os desejos consumistas das pessoas que buscam esse tipo de completude. Pregam como se, ao sacrifício de Jesus, carecesse ser agregado algum valor, como se não valesse por si só ao que se propõe. Ensinam que é necessário fazer algum sacrifício para o Senhor, a fim de nos tornarmos merecedores do que queremos. Vivem para escandalizar o Evangelho e ao invés de curar feridas, parecem colocar o dedo em cima delas e apertar.

Não precisamos aqui, tecer muitos detalhes acerca de nada disso já que é um contexto no qual todos estão inseridos. Tratam a salvação das nossas almas como secundária e a satisfação dos nossos desejos é que deve conduzir nossas vidas. Oferecem exatamente aquilo que o diabo ofereceu a Jesus e que o Mestre rejeitou.

O fato é que por maior que seja a resistência de alguns a estes ensinamentos deturpados, dificilmente, nos depararemos com alguma comunidade que se denomina cristã não eivada de algum modo por este contexto nefasto dos nossos dias. Aqueles, porém que se mantém na verdade experimenta dentro destas comunidades, verdadeiras torturas espirituais.

Aqueles que se tornam esteio do verdadeiro evangelho passam a sentir a rejeição daqueles que tanto ama. Sente na pele tão brusca indiferença, onde ao olhar em derredor o que mais se vê é o nada de um deserto onde só se ouve sopros e ventos impetuosos. E o que nos vem na alma é o dissabor da incompreensão. Não conseguimos compreender o significado de tudo isso até experimentarmos a verdadeira libertação trazida pelo evangelho.

Não devemos nos arrefecer, mas nos entregar a estes que nada sabem; que estão sorrindo sem sorrir, falando sem falar, vivendo sem viver; carentes do amor de Deus e necessitados da nossa devoção, porque desprendidos de um existir puramente reagente, tomados pela “atitude” do evangelho que nos remete às pessoas com um amor capaz de nos devolver a capacidade de louvar.

A atitude do Evangelho nos permite ser livres ao evangelho e agirmos puramente por intermédio dele mesmo. Nossas ações devem se desvincular das atitudes das pessoas e se atrelar à de Deus. Se Jesus reagisse perante Pilatos, sairia livre. Mas a atitude do evangelho, completamente livre da nossa compreensão, foi ficar em silêncio, como fez para que fosse crucificado.

Devemos ser guiados pelo evangelho de Jesus e não nos direcionarmos por quem quer que seja. Sejamos puramente vinculados ao Senhor que a despeito das nossas limitações, constrói ao seu tempo, um caráter efetivamente cristão em nós.

Tornamo-nos senhores de nós mesmos inadmitindo a Soberania de Deus, experimentando as frustrações inerentes a esta escolha; vivemos em função do nosso eu, sem admitir quem quer que seja pela razão mais tola possível, pois buscamos no pecado aquilo que ele não pode nos dar: Satisfação, completude, PAZ!

“Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria que era seu, entretanto, não sois do mundo, ao contrário eu do mundo vos escolhi e por isso o mundo vos odeia”. Hoje, o mundo está dentro dos templos, solapando dia a dia o que sobrou dos verdadeiros cristãos.

Que o Senhor produza em nós corações que efetivamente se doem a estes que carecem de evangelização genuína que estão dentro dos templos, sobretudo, aqueles que se intitulam ministros deste evangelho vergonhoso que nada produz, senão, os males e doenças a ele inerentes.

Amém!




Maurício José da Silva Irmão
18 de Novembro de 2008