quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

VERDADES MERAMENTE CONSCIENTES...


Seria muito fácil nos relacionarmos com Deus se isso fosse apenas uma relação de caráter textual com a Bíblia. O difícil é enveredarmos pelo caminho de uma relação real com Ele. Não a que fora instituída pelos homens, mas a que de fato nos preenche a existência com vida.

Temos vida pela palavra de Deus que é Jesus. Nenhum significado para nós teria o conteúdo bíblico sem uma relação pessoal com Jesus, já que a Bíblia apenas fala sobre ele e nos ensina acerca dele, por vezes, por ele mesmo, mas não o institui como Deus e como cordeiro do mundo. Ele fez as escrituras e não o contrário. Pois, se ele não fosse Deus, tudo seria uma grande história inventada.

De modo que entender a leitura do texto sagrado como a forma com a qual nos relacionamos com Deus é substituir a Fé pelo conhecimento; a leitura da palavra deve ser precedida pela oração, a fim de que não apenas tenhamos informações acerca D'Ele, mas para que de fato sua verdade encarne em nós. O fato é que somos justificados pela fé e não pelo que sabemos, muito menos pelo grau de compreensão que temos.

É por isso que nem tudo que parece verdade de fato é a verdade de Jesus. Disso decorre tudo que se chama igreja hoje: por isso que espiritualidade é substituída por reputação; louvor e adoração por lavagem cerebral repetitiva; comunhão por um abraço na hora do culto que não aconteceria em outro lugar de modo espontâneo; boa ação sincera por exibicionismo; pregação da verdade redentora por julgamento; disciplina em amor pelas falhas dos irmãos por satisfação da justiça injusta do corpo institucionalizado chamado igreja que esconde seus erros pelos dos outros; obediência por fé por subserviência ambiciosa; humildade por silêncio; respeito por medo etc.

E por ter a mesma proposta que todas as outras verdades, que não a do Evangelho de JESUS que é poder de Deus, não podem fazer nada por aqueles que a tomam para mudar de vida. Já que apenas o evangelho de JESUS pode mudar nossas vidas, qualquer outro será substituído por um evangelho mais inteligente aos nossos olhos, mas tão ou mais ineficaz do que o que fora substituído. A verdade é que estamos constantemente mudando de rumo porque nossas verdades apenas conscientes não produzem o efeito desejado em nós: completude de alma produzida apenas pelo evangelho genuíno de JESUS.

Muitas vezes tomamos como verdade o fragmento de uma música, ou o pensamento de alguém reconhecidamente inteligente, ou ainda se corporificam em nós por más experiências vividas etc. Muitas vezes nossa vivência cristã é produto da reflexão alheia ou da própria vivência de alguém, mas nunca como algo vivido e experimentado por nós; nunca como reflexão nossa ou vivência nossa, mas sempre de algum “guru” espiritual, a quem responsabilizamos por nossas decisões.

Por isso, desconsideramos a verdade de JESUS em sua palavra escrita por quaisquer coisas que atendam aos nossos desejos ou que simplesmente nos dê um rumo que pareça bom no momento. É por isso que aquilo que toma o lugar do evangelho apenas nos faz sofrer.

O evangelho não nos afronta o intelecto, mas a alma. Permite-nos ver o que antes não conseguíamos: que não somos senhores de nada; que nossas determinações nada determinam; que nossos projetos carecem da aprovação do SENHOR e por isso devem ser postos diante Dele em oração; que acima de tudo, precisaremos do evangelho até o fim de nossas vidas.

É preciso entender que o evangelho não é um modo de vida, mas mudança de vida por JESUS; não uma filosofia de vida como algo apenas utilizável, mas como algo a ser vivido todos os dias; que precisaremos por toda a vida e que nunca precisaremos menos dele;

Isto nos faz ver que JESUS precisa habitar em nós, não simplesmente “perto ou longe”. Procuramos vê-lo sempre como alguém que estará por perto caso precisemos, mas nunca como aquele que habita em nós produzindo frutos dele mesmo, já que os frutos são do Espírito de Deus e não nossos. O Espírito Santo nunca produzirá nada em nós enquanto estiver apenas ao lado. Somos templo Dele e convém que habite em nós. Só assim o evangelho em nós não será aparente, pois se assim for será quaisquer coisas menos o evangelho de JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS.

Somos livres pelo poder do evangelho não pela nossa própria concepção de liberdade, pois também ficamos livres dela. O poder de Jesus nos livra inclusive da nossa própria liberdade. Livres de fato e do que realmente nos prende: mesquinhez, inveja, maledicência, perversão, soberba, etc

Que Ele produza em nós corações livres por sua verdade afim que vivamos seu amor sincero, todos os dias até que ele volte. Amém!


Maurício J. S. Irmão
Recife, 10 e 11 de Fevereiro de 2009