quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nossa vontade x Vontade de Deus



1 A palavra do SENHOR veio a Jonas, filho de Amitai, com esta ordem: 2 “Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença”.

Lendo a história de Jonas, podemos aprender com a postura dele frente à vontade/ordem de Deus, pois vemos muitas semelhanças com nossas ações hoje.

Vejamos algumas das atitudes do profeta:

A primeira delas é a indisposição. Quando nos indispomos, isto é, quando fugimos do Senhor, ou ainda, quando nos dispomos para fuga, sempre encontramos um meio. No caso de Jonas logo se apercebeu de outro navio que o levaria a destino diverso do que o Senhor pretendia. Nossos objetivos parecem estar mais perto, serem mais fáceis, de baixo custo, e ainda, confortáveis. O fato é que diante da vontade de Deus, por vezes, estamos pré-dispostos ao nosso próprio conforto. A nossa indisponibilidade enfatiza a nossa visão utilitarista de Deus, passamos a vê-lo de modo consumista: Rapidez, facilidade, preço baixo e conforto! Nossa relação com Deus passou a ser uma relação de consumo há muito tempo, tal como nos relacionamos uns com os outros.

A segunda delas é a disposição Condicionada ou indisposição “camuflada”. Estamos "dispostos" a realizar quaisquer atos desde que possamos controlar os seus resultados; agimos como se pudéssemos cumprir qualquer obrigação para com Deus e, por isso, exigimos que cumpra as suas para conosco. Ficamos desgostosos e "extremamente" irados, a exemplo de Jonas, quando Deus exerce misericórdia sobre aqueles a quem condenamos. É impossível que alguém tenha experimentado o perdão e não consiga dividi-lo. Qualquer ato de justiça do homem sem misericórdia é hipocrisia.

Por fim, observamos a disposição para simplesmente obedecer a Deus, não nas atitudes apenas, mas com o coração. Não pelo que Deus fez ou pode fazer, mas pelo que Ele é. Os que vivem assim, dificilmente confrontam sua própria vontade com a vontade Deus como se estivessem em pé de igualdade. Isto porque não buscam seus próprios caminhos, mas se submetem a maneira de Deus; muito menos descansam diante do trabalho a que se propuseram, pois abrem mão do próprio conforto; aprendem a olhar com espiritualidade para as promessas de Deus, pois se relacionam com os irmãos e com Deus de forma desinteressada; não impõem condições, mas confiam naquele que os chamou; não se frustram, pois sua obediência é por fé; não são hipócritas, porque se dispõem verdadeiramente.
Fé e soberba não caminham juntas!

Fé, Paz, Graça e Vida.

Maurício Silva
Escrito em 23.09.2007
Publicado nesta data.