terça-feira, 15 de junho de 2010

“MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO”


É triste ver o quanto as pessoas mistificaram a vontade de Deus e, mais do que isso, ver o quanto essas pessoas se fizeram manipuláveis, “negócio de outrem”, como diria o apóstolo Pedro, por causa disso.

Ouvir pessoas em dúvida quanto ao que devem fazer para Deus é muito comum atualmente. Vemo-nos freqüentemente esperando de Deus algum tipo de resposta objetiva, do tipo faça isso ou aquilo. Por vezes procuramos na Bíblia algo que pareça nos dizer objetivamente o que fazer.


Todavia, Salomão pediu sabedoria, discernimento, quanto a nós, queremos uma resposta. Mas não seria uma resposta direcionamento, mas uma resposta quanto ao atendimento de algo almejado por nós. Afinal, “que Deus faça conforme o desejo do nosso coração”.

O Apóstolo Tiago nos ensina que, se não a temos, devemos pedir a Deus por fé; sabedoria que nos ensina a viver, que procede de Jesus do ponto de vista do evangelho, considerando os interesses do Reino.

A sabedoria deste mundo nos impõe crer que Deus, em Jesus, fará e dirá tudo aquilo que nos apetece o coração, nosso enganoso coração. Servir a Deus hoje nada mais é do que buscar desesperadamente uma resposta atendimento, do mesmo modo que se faz na Umbanda, afinal, Deus é maior do que Exu Caveira, sendo, inclusive esta a razão de sermos evangélicos; e de auto-afirmação numa disputa de virtudes, onde ao final o que é aferido é o grau de intimidade, não quanto à obediência a Deus, mas no que diz respeito ao tráfico de influência realizado com aqueles que não possuem tanto achegamento assim a Ele.

Neste sentido, “ungido de Deus” é aquele que se põe diante de Jesus, mas de costas pra Ele e de frente para as pessoas. É aquele que se institui como “intermédio” do intermédio de Jesus. E diz: “antes de chegar a Ele é preciso passar por mim, mediante aquilo que Deus tem proposto em nossos corações”. Isto é porque temos procurado quem possua boas propostas, mas não quem aderiu à proposta da Verdade e do Amor, conforme Jesus.

A igreja, por assim ser, é o lugar onde toda a perversão é ensinada e alimentada. É um lugar mágico e isolador, possui caracteres de seita, pois já não caminha na luz. É preciso um bom tempo de freqüência e uma indicação para que possamos participar de determinados tipos de culto.

Mas não estamos preocupados com nada que esteja relacionado ao Reino; a verdade é que para desfrutar de todas as regalias que atrai alguém ao pastorado ou liderança [que é objeto de desejo e promessa “divina” aos membros e congregados, inclusive sendo a razão de todo conflito] é necessário fazer o “trabalho sujo”. É preciso figurar como se estivéssemos preocupados de verdade, como se guardássemos pertinência com aquilo que dizemos ser. Muitos figuram como pastores e missionários, mas pastoreio e missão de verdade são mais freqüentes fora dos ambientes de igreja.

Há pouca igreja dentro das “igrejas”, na verdade o chamado é para salgarmos, iluminarmos o mundo! Não precisamos ser “profetas” para sabermos que práticas ‘rechaçadas’ dos nossos dias estarão presentes nas igrejas de amanhã, inclusive nas históricas, por assim dizer. Um absurdo hoje, algo normal amanhã!

O fato é que não dá pra conter aquilo que a Bíblia narra como certo de ocorrer!

Vivamos o presente século a despeito de tudo que permeia a igreja evangélica de nossos dias, conforme nos orienta o Senhor.

Há um abismo entre ‘ser’ igreja e ‘estar’ na igreja; muitas estão, mas poucos são na verdade.


Fé, Paz, Graça e Vida!

Sem. Maurício Irmão

1ª IB Jardim das Palmeiras/STCN

Início: 08.06.2009
Meio: 09.06.2010
Término: 15.06.2010




quarta-feira, 10 de março de 2010

“DONA BIA”



De minha infância lembro-me de muitas coisas. Uma delas ocorreu por volta dos anos 91 e 92, onde tinha entre 9 e 10 anos de idade. Morávamos no que chamamos aqui em Recife de “corredor de quartos” que nada mais é do que um cortiço. Diversas famílias moravam lá.

Neste ambiente, conheci pessoas. Muitas das quais tinha muito medo, eram assustadoras, mal humoradas o tempo inteiro, outras eram alegres, mas ainda assim assustadoras. Dentre essas pessoas conheci Dona Bia, ou como gostava de ser chamada: Senhorinha!

Dona Bia já era bastante idosa, não sabia nem a idade [pelo menos era o que dizia], mas falava de lembranças onde seu avô a levava para ver escravos no tronco! Não posso asseverar a verdade disto, mas se ainda podemos encontrar trabalho escravo nos dias de hoje, imagina alguns anos após a pseudo-abolição da escravatura? Mas o que interessa é que Senhorinha tinha por volta de uns cem anos, naquela época.

Ela trazia consigo costumes antigos, por exemplo: mascar fumo; mascar gengibre e, pior, mascar alho; passava o dia inteiro mascando um dente inteiro de alho, um a um. O sabor, para quem experimentou, é terrível!

Eu, não entendia o porquê destes costumes. Certo dia, resolvi questioná-la: “Dona Bia como consegue ficar com esse troço na boca o dia inteiro ainda mais com este gosto terrível?”A simples resposta dela me fez refletir: “mascar alho faz bem ao coração, gengibre a garganta e o fumo mascado cru melhora a circulação”

“Como assim?! Com um gosto ruim desse jeito?”

Por volta de uns 17 anos após aquele período como um todo, percebo a distância que se insurge entre as gerações. Naquela época eu já não tinha esse hábito, nem tampouco fui criado com ele; nem hábitos do gênero.

Minha mãe, por exemplo, lembra com normalidade de práticas semelhantes, mas que com o passar do tempo, em razão de que novos costumes fixados ao sabor e a estética foram surgindo, os velhos desconfortos de alguns costumes mais antigos, por sua simplicidade e naturalidade, fizeram-se desnecessários.

Para quê escovar os dentes com a própria folha do JUÁ, in natura, se dá para fazê-lo com o sabor que nos pareça mais apropriado, menta, uva, hortelã, etc...?
Aprendemos a atribuir nossos próprios sabores à vida. Estamos numa geração que apenas quer se sentir bem, ainda que para isto faça e experimente o que é mal!

Quer saber se de fato algo é bom ou ruim? Não atente para o sabor, mas se ao final fará de você alguém melhor.

Pedir perdão, voltar atrás ao que determinamos e abrir mão de nossa vaidade nos fazendo iguais sempre, não são atitudes saborosas! Nenhumas destas coisas são boas, ou apetecíveis à vista, ao paladar do nosso ego.

Todavia, fazem um bem enorme ao coração daqueles que passam o dia inteiro e todo dia “mascando” o dente de alho da Graça de Deus!

É tudo muito simples, sem sabor, mas com Graça, muita Graça.
Fé, paz, Graça e Vida.

Sem. Maurício Irmão – STCN
Recife, 10 de Março de 2010

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“Mude de Vida, Eis um grande Negócio!”


É triste ver que para muitas pessoas a salvação é vista e ensinada como um grande negócio, para quem vende e para quem compra também!


É triste ver que o Evangelho puro e simples, o de Jesus não é mais propagado e sim outro que em verdade tem sido “propagandeado”.

Todavia, bem sabemos que o Evangelho genuíno não pode ser vendido por sua própria essência e para que se torne comprável, fez-se necessário que sofresse algumas alterações em sua espinha dorsal.


As pessoas têm ingerido bombom de açúcar achando que é remédio, esperando a cura! Outros já se vêem curados!

Mas pudera, o que eles dizem oferecer é a oportunidade de se precaver para a “outra vida” com um investimento nesta vida, hoje, agora e pela fé; é um investimento com resultados imediatos. Pela fé, mas sem prejuízo do custo monetário pré-estabelecido.


É triste, pois pessoas venderam suas almas a lideres que mentem, prometem, determinam, declaram em nome do Diabo que todos resolveram chamar de “Jesus”.


Sim, Jesus conforme o mundo! Eles têm dado ao mundo o “Cristo” que todos queriam o mesmo esperado pelos judeus: das sensações e dos sinais e não da verdade, da riqueza e ostentação e não da entrega, do poder e politicagem e não do perdão!

O que foi oferecido a Jesus, quando de sua tentação é prometido hoje ao mundo em nome de “Jesus” como se fosse dado por Ele.
Em Lucas 4 se pode ler que Jesus, o Filho do Deus vivo rejeitou o mundo, suas oferendas, pois se Ele as quisesse ninguém precisaria dá-lo: “minha é a terra”, diz o Senhor!

Pois é, transformaram o Diabo em Deus e Deus no Diabo!
Oro para que nossas valorações sejam conforme Jesus, O Cristo de Deus: a verdade ao invés do “farnizim”, do “estremilique”; do amor sem ressalvas e do cuidado não vagaroso, ao invés de sacrifícios de idiotas que não conseguem ver a necessidade tão mínina de quem está há um palmo a frente do nosso nariz; do poder de perdoar e amar indistintamente, ao invés do poder de subjugar e se auto-promover.
Viver o bem ainda que isso não nos faça bem!


Que aprendamos Dele, em Amor e Graça!

Sempre!


Fé, Paz, Graça e Vida;

Maurício Irmão
21 de Dezembro de 2009 – 01h32min

terça-feira, 10 de novembro de 2009

“Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”



É maravilhoso perceber o quanto Deus é perfeito não apenas em todos os detalhes da escritura, mas da vida! Sua perfeição aponta para todos os lados e não conhece limites.

A Verdade que subjuga o tempo! O Verbo de Deus.

Que é tão verdade em apenas 10 mandamentos, quanto o é em toda a extensão da Bíblia Sagrada, quanto se pode ver na vida!


Cuja perfeição e Vida estão em Si mesmo, por amor de nós.

Assim, para o evangelho da Graça não importa se somos tão desobedientes quanto Adão foi; ou tão retos quanto Abel; tão cruentos quanto o foi Caim; tão crédulos como Noé; ou fervorosos como foi Abraão; se tão fraudulentos quanto Jacó ou relapsos como Esaú; se invejosos como os irmãos de José, ou mesmo como José, em sua integridade; se pacientes como Jó, ou autogovernados como Jonas.

Não importa se somos tão apóstolos quanto Paulo ou tão traidores quanto Judas; se tão indiferentes quanto Pedro ou tão destemidos quanto Estevão!

A Graça é pela Graça, mediante a Fé em JESUS CRISTO!

Porque todo o bem produzido por todos estes homens, bem como todo o mal apenas os igualam a nós.

Se há glória em nós, que seja a de conhecer ao Senhor.

A isto segue que não há nenhuma qualidade em nós desprovida da Verdade de Deus, Jesus Cristo.

Oro para que o conheçamos na vida, a fim de que sejamos escritura onde Deus escreve todos os dias até que volte.


Fé, Paz, Graça e Vida!
Recife, 10 de Novembro de 2009
Maurício Irmão

terça-feira, 15 de setembro de 2009

QUANDO A IGREJA NÃO É “IGREJA”...




Igreja tem que ser coisa de gente de Deus, de gente livre, de gente sem medo, de gente que anda e vive, que deixa viver..., que crê sempre no amor de Deus...; e, sobretudo, é algo para gente que confia..., que entrega..., que não deseja controlar nada...; e que sabe que não sabe, mas que sabe que Deus sabe...
Somente gente com esse espírito pode ser parte sadia de uma igreja local, por exemplo...
Entretanto, para que as pessoas sejam assim seus pastores precisam ser assim...
Se o pastor é assim..., tudo ficará assim...
Ou, então, o tal pastor não emprestará a sua vida para o que não seja vida, e, assim, bem-aventuradamente deixará tal lugar de prisão disfarçada de amor fraterno...
Em igreja há problemas... É claro... Afinal, tem gente...
Mas nenhum problema humano tem que ser um escândalo para a verdadeira igreja de gente boa de Deus.
Numa igreja de Deus ninguém tem que ser humilhado..., adúlteros não tem que ser “apresentados” ao público..., ladrões são ajudados a não mais roubarem..., corruptos são tratados como Jesus tratou a Zaqueu..., e hipócritas são igualmente tratados como Jesus tratou aos hipócritas...; ou seja: com silencio que passa..., mas, ao mesmo tempo, não abre espaço...
Na igreja de gente boa de Deus fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado... Ele é livre para discordar e sair... Sair em paz. Sem maldições e sem ameaças; aliás, pode sair sem assunto mesmo...
Na verdadeira igreja não há auditores, há amigos.
Nela também toda angustia humana é tratada em sigilo e paz.
Igreja é um problema?...
Sinceramente não acho...
Pelo menos quando a igreja é assim, de gente, para gente, liderada por gente, com o propósito de fazer de toda gente um humano maduro — então, creia: não há problemas nunca, pois, os problemas em tal caso nada mais são do que situações normais da vida, como gripe, febre ou qualquer outra coisa, que só não dá em poste de ferro...
Tudo o que aqui digo decorre de minha experiência...
Não é teoria...
Pode ser assim em todo lugar...
Mas depende de quem seja o pastor...
E mais: se o povo já estiver viciado demais nem sempre tem jeito...
Entretanto, se alguém decide começar algo do zero, então, saiba: caso você seja gente boa de Deus, e que trate todos como gostaria de ser tratado..., não haverá nada que não seja normal, pois, até as maiores anormalidades são normais quando a mente do Evangelho em nós descomplicou a vida.
Pense nisso!...

Nele,

Rev. Caio Fábio
11 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF